A CIGANA SARITA

A CIGANA SARITA

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CIGANOS NA UMBANDA DIVINA


Eu vi um formoso Cigano
Sentado na beira do Rio
Com seus cabelos negros
E os olhos cor de anil
Quando eu me aproximava o cigano me chamou

Com seus dados nas mãos
O cigano me falou
Seus caminhos estão abertos
Na saúde, na paz e amor,
Foi se despedindo e me abençoou
Eu não sou daqui, mas vou levar saudades,
Eu sou o Cigano Pablo, lá das Três Trindades."


Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e "carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.

Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço.

O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.

A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas.

Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas. Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.

Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.

Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs. O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria.

Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais. Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação.

Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também. É imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e importância.

Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto. A razão é que a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento. Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar induvidosamente claro.

É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos. Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.

Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.

Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal. Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce. E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la.

Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel. Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus.

As saias das ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em geral. Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos.

Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza. Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu. Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza. Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselha-las para o bem.

É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua..."

Trecho extraído do livro "Rituais e Mistérios do Povo Cigano",
Autor: Nelson Pires Filho
Ed. Madras
Permitida reprodução desde que  estejam presentes  os créditos completos devidos.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

MAGIA DAS VELAS


Magia da Vela



O brilho suave e delicado da luz de velas cria uma disposição romântica, invoca os espíritos e utiliza o antigo elemento Fogo, conhecido como o elemento sagrado da transformação mágica.
As Velas são usadas para aumentar o poder de um encantamento, ou para influenciar um poder em particular. Elas simbolizam a transformação da vontade em energia elevando ao Plano Astral.
É também é uma imagem de humanidade. A cera corresponde ao corpo físico; o pavio, à mente; e a chama, ao espírito.
As velas são por vezes usadas juntamente com ervas, cristais e outros auxiliares dos encantamentos, todos apontando para um objetivo. A escolha da vela correspondente ao seu desejo é melhor, quando se trata de magia, as cores das velas são muito importantes, pois cada cor emite uma vibração especial e atrai diferentes influências espirituais.  Use um óleo apropriado para ungir a vela, que tenha o objetivo em comum com o seu encantamento.  
Para untar uma vela, use a Mão do Poder, é a mão que você mais usa, esfregue a vela com movimentos circulares ou em espiral. Se você deseja que alguma coisa venha até você, esfregue a vela da ponta para a base. Se deseja remover alguma coisa, esfregue da base para a ponta.
Ao fazer e enviar o seu pedido para o Universo, suspenda as mãos ao lado da vela, mentalmente envie seus desejos para ela e acenda a vela dizendo: "Vela de poder, Vela de força, concretiza o meu desejo ( diga aquilo que esta pedindo). Poder flua do fogo desta Vela. Atenda o desejo de meu coração, as minhas palavras tem força, a vitória esta já faz parte mim. Assim digo, Assim seja! Este encantamento está feito".
A Vela não pode ser apagada, deve arder até o fim. É normal que ela evapore totalmente, mas caso haja resíduos, retire-os com o Athame ou Punhal e cuidadosamente e jogue-os aos pés de uma Árvore, ou em jardim.  

Recomendações importante:

Ao acender uma vela, use sempre o fósforo, Pois a madeira que envolve-o vem da natureza.
Você deverá estar correta da sua intenção, do que você deseja.
Sempre é bom deixar seu pedido por escrito ao evocar os Espíritos Ciganos ou Deuses, para que não aja erros,e nem duvidas ao pronunciar.
Sempre faça sua evocação, com vontade, força e determinação.
A conversão gradual da vela em Elemento Fogo, é uma transferência Alquímica da matéria em Espírito. O seu pedido é de fato transmitido de sua própria consciência universal - espiritual através do "mediador" , é portanto, o seu elo de ligação com a Mente Universal, a qual é a fonte de todo conhecimento e de todos os milagres. O Fogo, representa o Espírito, o oposto da matéria, o qual é criado pela chama da vela.
Significados das Cores das Velas
Branco: Rituais de consagração, meditação, vidência, exorcismo e feitiços que envolvam cura, clarividência, verdade, paz, força espiritual e energia lunar.

Amarelo:  Feitiços que envolvam segredo, atração, sedução e persuasão.e acentuem os poderes de concentração.

Laranja: Feitiços que estimulem a energia, bom para estudo, para concentração. 

Dourado: Feitiços que atraiam o poder das influências cósmicas e rituais de louvor às deidades solares.
Vermelho: Ritos de fertilidade, afrodisíacos e feitiços que envolvam paixão sexual, amor, saúde, força física, vingança, raiva, força de vontade, coragem e magnetismo.



Verde: Feitiços que envolvam fertilidade, sucesso, boa sorte, prosperidade, dinheiro, rejuvenescimento e ambição e rituais para combater ganância e ciúme, saude.

Roxa: Manifestações psíquicas, curas e feitiços que envolvam poder, sucesso, independência e proteção doméstica.

Rosa: Feitiços amorosos e rituais que envolvam amizade e feminilidade.

Prata: Feitiços e rituais para remoção de negatividade para incentivar a estabilidade e atrair a influência da Deusa.

Marrom: Feitiços que localizem objetos perdidos e acentuem os poderes de concentração equabra de obstaculo, firmesa para concretização, proteção dos familiares e dos animais.

Preto:Rituais de meditação, feitiçaria  para quebrar energias cruzadas e feitiços para banir o mal e a negatividade 


Sara, rainha, mãe dos Ciganos

Considerada padroeira do povo cigano, a história da Santa remonta ao início do cristianismo. Os primeiros cristãos eram perseguidos pelos romanos e Sara, uma escrava indiana ou egípcia ( não se sabe ao certo) de propriedade de José de Arimatéia foi capturada juntamente com as três Marias (Maria Madalena, Maria Salomé e Maria Jacobé). As quatro mulheres foram colocadas em um barco que foi lançado ao oceano, sem remos e sem provisão. Por um milagre, após mais de 30 dias vagando sem rumo pelo mar, o barco aportou em Laguendoc, no Sul da França, na Ilha de Camargue, um local que seria conhecido mais tarde como Saintes Maries-de-La Mer ( traduzindo Santas Marias que vieram do Mar ).
Um grupo de ciganos que vivia por ali, socorreu as quatro mulheres e elas, em troca, levaram ao grupo os ensinamentos de Jesus, trazendo para eles a doutrina cristã. Após a partida das chamadas "Três Marias", conta a história que Sara continuou convivendo com os ciganos e passou a ser chamada de Sara Kali, a palavra Kali significa "negra" na língua romani.

ORAÇÃO DE SANTA SARA KALI


Sara, Sara, Sara…Foste escrava de Jose de Arimatéia No mar foste abandonada Seus milagres no mar se sucederam E como Santa te tornastes, a beira do mar chegastes e os ciganos te acolheram. Sara, rainha, mãe dos Ciganos, ajudastes e a ti eles consagraram como sua protetora e mãe vinda das águas.Sara, mãe dos aflitos. A ti imploro proteção para o meu corpo Luz para meus olhos enxergarem ate no escuro Luz para o meu espírito e amor para todos os meus irmãos: brancos, negros e mulatos, enfim a todos os que me cercam. Aos pés de Maria Santíssima tu, Sara, me colocaras e a todos que me cercam, para que possamos vencer as agruras que a Terra oferece. Sara, Sara, Sara, não sentirei dores nem tremores, espíritos perdidos não me encontrarão e assim como conseguistes o milagre do mar, a todos que me desejarem mal, tu com as águas me fará vencer . Continuarei caminhando sem parar assim como as caravanas passam, no meu interior tudo passara e a união comigo ficara e sentirei o perfume das caravanas que passam deixando o rastro de alegria e felicidade, teus ensinamentos deixaras. Amai-nos Sara, para que eu possa ajudar a todos que me procuram, ajudados pelos poderes de nossos irmãos ciganos. Serei alegre e compreensiva com todos que me cercam. Corre no céu, corre na terra, corre no mundo e Sara, Sara, Sara, estarás sempre na minha frente, sempre atrás, ao lado direito e ao lado esquerdo e assim dizemos: Somos protegidos pelos ciganos e pela Sara que me ensinara a caminhar e a perdoar.
Que assim seja!! E Assim sempre será!!

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Uma vez por mês Magia Cigana Para abrir caminho no Amor, e fortalecer relacionamentos amorosos. Na chácara, em contato com a natureza, chama da Fogueira Cigana. Valor R$ 80,00
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Curso de Baralho Cigano

Ao longo de todo este nosso trabalho, está bastante evidente que estamos apresentando as cartas ciganas como um Oráculo simples, ao alcance de qualquer pessoa que se prepare para tal, assim como é possível se jogar ou manipular todos os Oráculos que serão citados neste curso. o Baralho Cigano se transforma em um ótimo conselheiro e de comprovada eficiência em assuntos práticos, embora com o aprofundamento de seu estudo, o Oraculista vai percebendo aspectos mais profundos em seus significados.
Com o Baralho Cigano, você vai ter noção até de como vai ser seu dia, e não vai ser pego de surpresa com os contratempos, você já estará preparado para a solução.

Cigana Najara

Cigana Najara
 
 
 
 


Vinha um homem montando em seu cavalo, no seu passeio costumeiro, naquela planície verde e linda, quando, num certo local, seus olhos viram uma mulher de cabelos longos, negros da cor do azeviche, olhos pretos e grandes, lábios muito rosados, mais de um rosado natural, e pele muito clara fazendo contraste com a cor dos cabelos. Ela sorriu; ele aproximou-se e perguntou:
Qual é o seu nome?
Ela respondeu:
Sou Najara.
Desde este momento, o cavalheiro interessou-se pela moça. E, desde então, lá estava ele, todos os dias, naquele mesmo horário, ao nascer do Sol.
Depois de muitos dias, começou um romance entre cavalheiro e a moça. Passando o tempo, ele disse para ela:
Querida, tenho de fazer uma viagem. Não sei se volto ou não.
Najara pegou sua mão e disse:
Nunca mais você vai me ver. O nosso amor foi muito bonito mais irei perdê-lo.
Tirou uma moeda do seu colar e disse:
Leve isto, pois esta moeda é eterna, mas eu não sou.
O cavalheiro afastou-se. Najara olhou para o Sol e disse:
Lua de fogo, és a quentura que aquece a Terra.
Obrigada por aquecer minha alma.
O tempo passou. O cavalheiro voltou e começou a procurar aquela moça tão linda.
Quando avistou um lenhador, perguntou-lhe:
Conhece uma moça clara, de cabelos negros e olhos pretos, cujo o nome é Najara?
O lenhado assustou-se com a pergunta. O cavalheiro insistiu e o lenhador disse:
O senhor esta falando de Najara, a cigana, que lia o passado, o presente e o futuro. Senhor, essa cigana já é morta há muitos anos.
O cavalheiro disse:
Você está louco! Ela me deu uma moeda! __E contou-lhe todo o romance com a linda moça. Ao terminar, o lenhador disse:
Senhor, guarde esta moeda, pois isso é a proteção da cigana mais linda que eu já conheci neste lugar. Ela, em vida, era a protetora dos injustiçados e conselheira no amor.
O cavalheiro disse ao lenhador:
Quando eu a encontrei, estava com muitos problemas, principalmente no amor, pois tinha sofrido uma desilusão.
O lenhador disse:
Guarde, então, esta moeda com muito carinho, pois Najara irá ajudá-lo.
Quando chegou a casa, o cavalheiro recebeu a notícia e que uma de suas tias iria visitá-lo. Passados alguns dias, a tia chegou; vinha com a filha. Quando o cavalheiro chegou perto da prima para cumprimentá-la, levou um susto __ era aquela moça que ele encontrara em seus passeios matinais, o mesmo cabelo, os mesmo olhos, lábios e cor clara. Mas, na verdade, era sua prima, que viera para apagar o sofrimento que ele tivera com a noiva. Najara ajudou o cavalheiro a esquecer a traição. Dali começou seu romance, e vieram a casar-se. Quando nasceu sua primeira filha, tinha o rosto de Najara. Então, ele disse:
Esta aí minha Najara


Essa história foi psicografada pelo cigano Romão, que, em vida, foi o marido da cigana Najara.

CIGANA SETE SAIAS


Cigana Sete Saias


A noite está caindo. Uma enorme Lua Cheia começa a subir do horizonte, clareando o céu sem nuvens. Passarinhos invisíveis, ocultos nas copas das árvores, soltam animadamente seu último canto do dia, preparando-se para dormir. As vias principais da cidade estão cheias por causa do movimento de saída do trabalho, mas as ruas mais afastadas estão calmas e quase desertas.
A luz do crepúsculo deixa ver alguma coisa vermelha, alguma coisa brilhante na beira da calçada, bem na esquina. Alguém jogou aí? Alguém deixou cair? Não. O brilho vem de um pequeno frasco de perfume. Ao seu lado está uma linda rosa vermelha. Pelo jeito, alguém os colocou no chão de propósito e com cuidado.
Uma voz feminina, alegre e suave, cantarolando uma cantiga qualquer, anuncia que alguém se aproxima. A voz pertence a uma moça de aparência jovem.
Ela é bem morena, tem olhos escuros e cabelos compridos, pretos e abundantes, penteados com arte.
A moça usa uma blusinha discreta e clara, cujo único enfeite é uma barra dourada nas mangas e no decote; mas a saia é o oposto dessa simplicidade. É longa, quase arrasta no chão. É bem rodada e tem um, dois, três... sete babados superpostos, como se fossem sete saias, uma por cima da outra, cada uma um pouco mais curta do que a que está por baixo. Cada babado é de uma cor diferente, mas todos têm uma barra dou¬rada igual à que enfeita a blusa.
A moça calça sandálias delicadas e usa brincos, pulseiras e colares dourados. Ela carrega uma sacolinha de pano onde devem estar guardados os seus pertences.
Chegando na esquina, a moça vê a rosa e o frasco. Para de cantar e seu rosto se abre num sorriso largo. Pega rapidamente os dois objetos. Prende a rosa nos cabelos e, depois de passar um pouco de perfume atrás das orelhas, guarda o vidrinho na sacola.
E segue o seu caminho, com o passo ainda mais leve e a voz mais alegre do que antes... A noite já vai alta. Na sala iluminada, um grupo de homens e mulheres se agita e conversa. Algumas pessoas estão vestidas com roupas comuns. Algumas mulheres usam vestidos coloridos, com saias rodadas. Alguns homens têm lenços amarrados na cabeça e cordões dourados pendurados no pescoço.
Alguém começa a cantar uma cantiga ao som dos tambores que formam uma pequena orquestra num canto da sala. Os outros repetem. Depois cantam outra. .. E mais outra... De repente, sem que se saíba de onde veio, aparece uma nova pessoa na sala. Chegou quem eles esperavam: é a moça que pegou a rosa e o perfume na esquina. Todos a cumprimentam alegremente:
— Sete Saias chegou!
— Salve, Dona Sete Saias!
— Venha dançar com a gente, Sete Saias! E a moça responde:
— Boa noite! Boa noite, gente boa! Vamos dançar, que a noite é de alegria!
A Cigana Sete Saias abre sua sacolinha e tira dela um pandeiro. Os músicos tocam um ritmo animado. O povo faz uma roda, cantando e batendo palmas.
No meio da roda, a Cigana Sete Saias dança, toca seu pandeiro e fazendo as saias voarem para todos
: _ ;. Até parece um arco-íris no meio da ventania!
guando a música termina, forma-se rapidamente
- —. grupo em volta da Cigana Sete Saias. Todos querem falar com ela. Quando um vai embora, dois to¬mam o seu lugar.
Sete Saias atende a todos. Dá sua risada alegre, faz uma brincadeira, mas escuta com atenção o que cada um fala e depois oferece um conselho, uma orientação.
— Dona Sete Saias, eu estou sozinho. A senhora pode me ajudar? Eu queria muito encontrar um amor!
— Está bem, vou lhe ajudar. E garanto o resultado! Você vai fazer o seguinte: pegue uma rosa...
— Dona Sete Saias, a senhora já me ajudou antes. Por favor, me socorra mais uma vez! Meu marido está meio desinteressado e eu queria animar um pouco o nosso casamento...
— É assim que se fala, comadre! Cada um tem que cuidar do que é seu em vez de ficar reclamando da vida! Vamos esquentar esse sujeito! Você vai precisar de uma fita...
— Dona Sete Saias, você pode ler a minha sorte?
A cigana senta no chão. Tira da sacola uma toalha branca, que estende à sua frente, e manda que o interessado sente diante dela. Pega na sacola umas coisinhas coloridas — pedrinhas? sementes? —, sacode-as na mão, joga sobre o pano e lê a sorte do consulente.
Mas as perguntas continuam.

— Dona Sete Saias, me disseram que a senhora aju¬da quem está passando por dificuldades. Eu quase não tenho como botar comida em casa!
— Ô, criatura, vamos resolver isso depressa! Você não vai ficar rico de repente, mas garanto que fome não vai mais passar. Você tem uma moeda?
E assim as horas passam. Depois de atender a todos que a procuram, a Cigana Sete Saias avisa:
— Gente, chegou a minha hora! Vamos dançar mais uma vez como despedida!
Ela puxa uma cantiga, dançando e tocando o pandeiro. Novamente, todos cantam e marcam o ritmo com palmas.
— Se alguém precisar de mim, é só mandar me chamar! Sete Saias vai embora, mas em breve vai voltar!
Num pé de vento, num redemoinho multicor, Sete Saias desaparece. Fica só sua lembrança, fica só sua saudade. Mas ficam também os conselhos que deu, os segredos que contou.
Cada um de seus fiéis vai agora para casa. Logo mais, irá fazer com muita fé o que ela ensinou.
E muito em breve a Cigana Sete Saias irá encontrar nas esquinas novos perfumes, novas flores, novos presentes de todos aqueles a quem ela ajudou.

CIGANA ROSA DOS VENTOS

Cigana Rosa dos Ventos 

Não foi por acaso que o meu sangue que veio do Sul se cruzou com o meu sangue que veio do Norte. Não foi por acaso que o meu sangue que veio do Oriente se cruzou com o meu sangue que veio do Ocidente. Não foi por acaso nada de quem sou agora. Em mim se cruzaram finalmente todos os lados da terra. A Natureza e o Tempo me valeram: séculos e séculos ansiosos por este resultado um dia e até hoje fui sempre futuro. Faço hoje a cidade do Antigo e agora nasço novo como ao Princípio: foi a Natureza que me guardou a semente apesar das épocas e gerações. Faço hoje a cidade do Antigo e agora nasço novo como ao Princípio: foi a Natureza que me guardou a semente apesar das épocas e gerações. Cheguei ao fim do fio da continuidade e agora sou o que até ao fim fui desejo: o Centro do Mundo já não é o meio da terra vai por onde anda a Rosa dos Ventos vai por onde ela vai anda por onde ela anda. Agora chego a cada instante pela primeira vez à vida já não sou um caso pessoal mas sim a própria pessoa. 
Texto de José de Almada Negreiros


Quando Cigana Rosa dos Ventos, trazendo para  você o segredo da magia de  viver, de amar e ser amada, ela com sua força iluminada auxilia você, a encontrar a pessoa amada, a pessoa do seu caminho, do seu destino.

Ensina você a se amar, para flua nos outros o sentimento de amor, desejo, que seu coração espera, ela vai te cobrir com seu lenço, para que a magia das forças divinas vem até você, para que possa ter em seus coração o sabor da felicidade, sempre trabalhando para que você trace com harmonia o seu caminho, colhendo os frutos das sementes que plantou.

Ela auxilia, no Amor...na Prosperidade....e na cura interior.

TRABALHO DE CIGANOS

Cigano Artémio
Cigano da origem egípcia e protege os que trabalham com oráculos em geral, impedido que esses ledores de sina se deixem abater pela inveja, ingratidão e pelo desgaste de energia, faz imantações de objetos devocíonais. Gosta de ouvir boas musicas e conversar . gosta de fazer seu jogo no chão e prendiz futuro com seu maravilhoso tarô, por vez sério, por vez rindo.
SUA PRINCIPAL MAGIA
É ler as cartas de seu tarô a vida dos seus clientes.
Por ser orador nato, Artémio trás inúmeras mensagens para as pessoas. Como andou pelo mundo, conhece vários tipos de magias, que ensinam os que podem aprender.
Conhecido pelo nome de Cigano dos Chapéus, por utilizar vários tipos deles , e nunca aparece com a cabeça descoberta por respeito a Santa Sara.










Cigano Wlademir
Cigano do mundo, protetor do trabalho, consola e ajuda os que estão a procura de trabalho. Cigano que primeiramente da valor ao seu trabalho em segundo a sua definição mulher, mulher, mulher, e depois musicas e comidas boas e fartas.
Responsável. Falante e guerreiro. Ajuda todos que procuram trabalhar e crescer no lugar.

SUA MAGIA


Melão, Açúcar cristal, Erva-dinheiro-em-penca, Moedas e uma Vela vermelha.

Abre o Melão, coloca açúcar e seu pedido dentro junto com as moedas e enterra o melão em na planta dinheiro-em-penca e acende a vela diz.

Cigano Wlademir, o guerreiro que trabalha o dia inteiro, o ano inteiro de Janeiro a Janeiro, peço auxilio pra que não me deixe sem DINHEIRO que virá do meu trabalho. Me socorre com o Poder de Devel (Deus) e com o Poder de Santa Sara,
Assim peço que me traga trabalho e dignidade para mim ( diga seu nome).
Que assim seja!
Assim se cumpra!

Cigano Manolo

De origem Italiana, viajou pelo mundo os lugares que mais ficou foi Ásia e Turquia . é um velho Barô, detém a magia das palavras. Gosta de cores fortes, agarra numa conversa como ninguém , e dá ao seus protegidos o dom de convencer, o dom oratória. Atende a todos os clientes conversando e, devido a sua própria capacidade analítica, consegue mostrar os prós e os contras de cada questão. Poucos consegue enganar Manolo , ele aconselha com justiça e força.
Em clãs e tsaras, sua presença no kris (conselho) espiritual é indisponível , pois sempre cabe a ele a decisão (sempre acertada) . não tem medo de desagradar, compreende a alma humana, não guarda rancor, ajuda a todos com a magias feitas pelas a ciganas que estão sob seu comando. Estas são responsabilizadas quando algo não dá certo, pois para fazer parte do clã de Manolo, é preciso conhecer magias e faze-las com destreza


Cigano Sandro


Cigano de origem sul-americana viveu em Córdoba ( na Argentina). Gosta de dançar, aprecia bebidas fortes em cores berrantes
O cigano Sandro é grande astrólogo através do Zodíaco, atende as pessoas e ajuda a cada um tomar decisões importante com discernimento e consciência. Atende principalmente os que ele chama “ os marginalizados da noite” que sofrem por AMOR, dançarinos, rufiões, lumiascas ( prostitutas) , músicos etc. porque Sandro foi um dançarino e, por causa dos preconceitos perdeu seu grande AMOR..

SUA MAGIA
Quando entra na aura dos seus protegidos, não permite que eles bebam álcool, dizendo que foi isto que o matou. Sandro atende seus clientes a noite. Seus protegidos são procurados por pessoas desconhecida e que lhe contam seus problemas na primeira vez que os encontram. Graças a atuação energética de Sandro, dão conselhos e ajudam de diversas formas, e se imantam naturalmente, só precisando de algumas horas de repouso.

Origem e Tradições dos Ciganos

Origem e Tradições dos Ciganos
Os ciganos nos legaram bens preciosos como: o amor a liberdade e a natureza, a sabedoria de viver e
os conhecimentos esotéricos pelos quais é possível desvendar muitos de nossos segredos existênciais,
portanto, é hora dessa cultura fascinante e polêmica ser reconhecida e respeitada. Um grande rio corta
a região noroeste da Índia, onde fica hoje o Paquistão. Seu nome é Indu e das suas margens partiu, ex
pulsos por invasores árabes há quase 3 mil anos, um povo amante da música, das cores alegres e da ma
gia. Este pelo menos, é a explicação dos estudiosos para a origem dos ciganos. E o que a fundamental é
a semelhança do romanê idioma falado pelos ciganos com o sânscrito, a língua falada clássica indiana.
O que não se sabe ainda é se esses eternos viajantes pertenciam a uma casta inferior dentro da hierar
quia indiana ou uma casta aristrocrática e militar. Idependente de qual fosse seu status, a partir do êxo
do pelo Oriente,os ciganos se dedicaram com exclusividade a atividades intinenrantes como: ferreiros,
domadores, criadores e vendedores de cavalos, saltibancos, comerciantes de miudezas, e praticantes das
artes divinatórias. Viajavam sempre em grandes carroções coloridos e criaram nomes poéticos para si pró
prios: filhos das estrêlas, irmãos das águas, viajantes do vento e povo das estradas. Das estrelas,com cer
teza. Pois os ciganos simplesmente têm pavor do mar e só põe os pés num barco se forem obrigados, tan
to que não há registro de marinheiros ou pescadores entre eles. É falso, porém, achar que o gosto pelas
viagens seja o único fator responsável pelo nomandismo desse povo. Por trás de todas essas mudanças,
há também uma história de perseguições e fugas. Na Moldávia e na Valáquia, atual Romênia, os ciga-
nos foram escravizados durante 300 anos; na Albânia e na Grécia pagavam impostos mais altos. Tam-
bém na Hungria conheceram a escravatura. E os ingleses expulsavam, sob pena de morte, aqueles que se
recusavam a fixar residência. Na Alemanha, crianças ciganas eram tiradas dos pais com a desculpa de
que "iriam estudar", enquanto a Polônia , a Dinamarca e a Áustria puniam com severidade quem os aco
lhesse.Pior ainda nos Países Baixos, onde inúmeros ciganos foram condenados à forca e seus filhos obri-
gados a assistir à execução para aprender a "lição de moral". Apenas no País de Gales eles tiveram espa-
ço para manter parte das suas tradições e a língua. Uma tolerância que os levou a se sedentarizar e a se
misturar com a população local, dando origem aos ciganos mistos. Da mesma forma, na região da Anda-
luzia (Espanha), encontraram facilidades e se estabeleceram. Mesmo assim, durante a inquisição católi-
ca, vários deles foram expulsos pelos tribunais do Santo Ofício. E, dessa vez, não tiveram escolha: envi
ados para as gáles em Portugal e na Espanha, cruzaram o mar rumo ao degredo nas colônias africanas,a
siáticas e americanas. Como pode-se vê a história dos ciganos não é só de alegria, música e dança, mas
também de perseguições e preconceitos. O povo cigano experiência o mais amplo sentido de liberdade.
Não tem apego a nenhum lugar em especial, não deixa raízes que não possam ser arrancadas quando o
desejo de ganhar estrada acontecer. O verdadeiro nômade é livre como o vento e pode estar em um lu
gar quando o sol nasce e em outro quando chega o poente. Para ele é importante o momento presente.
O passado é experiência e vivência já conquistada e o futuro uma expectativa aventureira, que ele en-
trega ao Poder Maior. As populações ciganas são nômades por excelência, não têm pátria, são universais
e não possuem títulos monárquicos como reis, rainhas, ou outros que signifiquem máximo poder de go
verno. Viajam em grupos de famílias, que possuem um profundo sentido de união, solidariedade e com
panheirismo. Formam núcleo comunitários compactos com normas e regras de convivência harmoniosa.
Os ciganos acreditam que somente podem ser felizes entre os ciganos, por isso as crianças frequentam a
escola por um curto tempo, o suficiente para aprender ler e escrever o indioma do país local e fazer as
operações matemáticas mais simples. Pois quando maiores precisarão destes conhecimentos para desempe
nharem as tarefas do mundo moderno e com isto ganhar a vida honestamente. Na sociedade cigana , o
homem representa o esteio e o braço forte da família, a mulher significa o lado terno e de proteção es
piritual dos lares ciganos. As ciganas não trabalham fora do lar e quando vão as ruas para ler a sorte é
como um cumprimento de tradição e não como parte do sustento da família. Tantos as ciganas solteiras
como as casadas são muito faceiras, insinuantes e provocantes, em particular quando dança. Os bebês ci
ganos atualmente também são registrados em cartótios e levados a pia bastimal . Contudo , os ciganos
possuem além do nome oficial, um nome secreto, escolhido pela mãe , e soprado em seus ouvidos nos
primeiros instantes após o nascimento. Possuem, um terceiro nome o qual é conhecido na população lo
cal. A festa de casamento, é uma das mais bonitas, quando realizadas dentro das tradições.Enfim, exis
te toda uma tradição entre esse povo e ficaria dificil enumera-las aqui.Entretanto, podemos observar
que as leis e costumes ciganos são severos e rígidos em vários aspectos, porém , são estas atitudes mui
tas vezes rigorosas que mantém vivo o povo cigano, ainda possuidor de inúmeras de suas tradições, ape
sar do convívio direto ou indireto com os gajos.

CIGANOS

CIGANOS
A história dos ciganos pode ser dividida em três partes: a origem, a dispersão e a situação atual. Como, porém, em uma parte posterior deste trabalho será aprofundado o item situação atual, não cabe neste capítulo relativo à história abordar esses dados. Serão apresentadas, então, as questões ligadas a sua origem até a chegada ao Brasil.

Os ciganos fazem parte de uma etnia de cultura própria, rica, já que por variadas razões encontram-se dispersos por todo o mundo, tendo passado, em suas andanças, por diferentes países, legando e enriquecendo a sua cultura. Uma pequena parcela, hoje em dia, ainda é nômade, mas a maioria, como no caso dos ciganos do Rio de Janeiro, é seminômade e sedentária.

Segundo Arthur R. Ivatts, sociólogo, educador britânico e assessor da Comissão Consultiva para a Educação dos Ciganos e Outros Nômades, a concentração maior desse povo fica na Europa, ou seja, da população mundial cigana, mais ou menos a metade é residente na Europa, sendo que dois terços na Europa Oriental, e, parte reside ainda, no norte e no sul da África, no Egito, na Argélia e no Sudão. Nas Américas, o contingente está distribuído dos Estados Unidos à Argentina, tendo uma maior concentração no território brasileiro.

Devido ao modo de vida cigano, é difícil calcular o número exato deles, mas, segundo Ivatts, em 1975, sem contar com a Índia e o sudeste asiático, os ciganos eram, em média, cerca de sete a oito milhões em todo o mundo.

Antes de desenvolver o tema, é preciso deixar claro que o termo cigano é genérico, assim como índio, ou seja, dentro dessa etnia existem subdivisões e, nelas, existem famílias que fazem das tradições uma cultura própria de acordo com o subgrupo ao qual pertencem. No Brasil, mais particularmente no Rio de Janeiro, existem dois grandes grupos de ciganos: o Rom e o Calom.


O grupo Rom é mais disperso, pois, devido a sua origem extra-Ibérica, é encontrado no mundo todo, da União Soviética à Argentina. São os considerados ciganos autênticos e tradicionais. No Rio de Janeiro, foram contactadas famílias de três grupos rons: o Kalderash, o Khorakhanè e o Ragare.


Os nomes dos subgrupos são apresentados por força de uma profissão própria e predominante na família através dos tempos, como os kalderashès (ferreiros, caldeireiros, produtores de panelas, parafusos, utensílios, chaves, pregos, ferramentas, selas, cintos e outros objetos de couro). Alguns são exibidores de feras amestradas, os circenses (lovares) e (manushes). Outros ainda, que eram antigos negociantes de cavalos, atualmente, negociam com carros, sendo também exímios comerciantes, mecânicos e lanterneiros, como os ciganos do grupo Calom. Há também os que vendem ouro, jóias, roupas, tapetes, que são os mercadores ambulantes ou feirantes.